O CÓDIGO DE ÉTICA DO SÉCULO XXI
O Lions
Internacional que foi criado em 1917, definiu muito bem um Código de Ética como
guia de procedimentos a serem cumpridos pelos seus associados. Esse Código de
Ética foi escrito de forma sucinta, usando-se termos da linguagem da época, com
seus preceitos colocados de forma sutil, voltado para homens de negócios,
corretores de seguros, enfim pessoas de certo nível cultural, que foram os
primeiros associados, até porque, no início do século 20, as pessoas decidiam
mais por si mesmas, já que não havia televisão, internet, “sites”, “blogs”,
“twitters”, celulares, netbooks, notebooks, tablets e outros meios, que a
sociedade do século 21 dispõe hoje, para interferir na decisão das pessoas.
O Código de Ética, naquele momento, era
suficiente para o discernimento dos companheiros leões, que eram homens que
honravam o fio de seus bigodes e viam seu semelhante como um ser humano tal como
eles, que tinha necessidades básicas mínimas e para as quais poderiam oferecer
ajuda.
A sociedade
mudou, tornou-se um manicômio global onde o normal é ser estressado, ansioso,
egocêntrico, vencedor a qualquer custo, tornando a maioria das pessoas
individualista, cultivador do próprio umbigo e o anormal é o ser saudável,
sereno, tranqüilo, sensível, solidário e acima de tudo, feliz. Este passou a
ser um estranho no ninho aos “normais”.
A televisão,
infelizmente, acabou com o diálogo familiar, individualizando as pessoas e o
computador, com suas ferramentas como a internet, o correio eletrônico, “chats”,
blogs”, “twitters”, etc tornou a comunicação um meio eminentemente eletrônico,
reduzindo sobremaneira o contato pessoal e dificultando o diálogo.
Esta sociedade
moderna, psicótica, que nos controla com regras rígidas, nos impele a consumir
e gastar compulsivamente, para que possamos atingir um “status” social que nos
faça merecer realce e reconhecimento dela. O ser normal é consumista ao extremo
e vive como se tivesse sido jogado ao mar por um acidente qualquer e tentasse
sobreviver a qualquer custo, mesmo que fosse preciso se agarrar ao próximo e
afoga-lo para poder subir à superfície e continuar vivo.
A
sensibilidade foi embotada, a solidariedade aposentada sumariamente e a
comunidade virou selva de pedra, onde o lema é “salve-se quem puder”. O que importa é o “Status” que é a medida na
qual a sociedade cataloga as pessoas.
A melhor
definição de “status” que li, até hoje, é a seguinte: “Status” é comprar aquilo que
você não precisa, com o dinheiro que você não tem, para impressionar quem você
não conhece e mostrar aquilo que você não é.
Não sou um
cronista social, mas na minha limitada ótica, acho que precisamos definir hoje,
o papel do companheiro e da companheira leão dentro desta sociedade egoísta,
que descrimina as pessoas por raça, cor, religião, sexo e sobretudo, pelo pouco
ou nenhum dinheiro que dispõe, muitas vezes pela falta de um emprego decente.
Na minha
opinião o/a Companheiro/a Leão é o elo
de ligação entre a necessidade e o recurso, mas não sou adepto de que o
recurso deva sair de seu bolso e sim de empresas que podem abater de seu
imposto de renda o montante doado. Claro que, para se obter patrocínio, temos
que apresentar projetos sérios, que sejam elaborados com muito cuidado,
critérios e conduzidos de maneira responsável, isto é, precisamos trabalhar
muito.
Contudo, muitas
vezes, uma simples intervenção nossa, resolve grandes problemas, como já aconteceu
comigo, ao constatar que uma instituição de caridade recebia grande quantidade
de leite como doação e uma creche recebia carne em excesso para suas
necessidades. Coloquei-as em contato e hoje trocam seus excedentes. Uma simples
ação que me custou alguns telefonemas e um pouco de boa vontade.
Como hoje o
Lions popularizou o seu quadro de associados e permite o ingresso de pessoas de
boa vontade, mas de níveis intelectuais variados, sugiro que, para todos
entenderem melhor seu papel na Associação e para não ficarmos somente fazendo
“companheirismo”, pelo menos, cada companheiro/a Leão deveria assumir um
comportamento de verdadeiro cidadão/ã, passando com esse procedimento, um
verdadeiro paradigma de pessoa que
1)
Respeite o direito dos outros,
2)
Ceda seu assento nos meios de transporte aos
necessitados,
3)
Seja humilde e solidário,
4)
Recicle seu lixo.
5)
Não jogue coisas em via pública,
6)
Cumprimente seu semelhante ao cruzar com ele,
7)
Não procure levar vantagens sobre os outros,
8)
Diga obrigado, sempre que receber uma gentileza,
9)
Pratique a amizade como fim e não como meio de
autopromoção,
10) Respeite as
regras de trânsito,
11) Diga “eu te
amo” às pessoas a quem ama,
12) Olhe com
carinho para seu semelhante,
13) Tenha sempre
pensamento positivo.
14) Diga aos
outros sempre palavras de ânimo e incentivo,
15) Faça
críticas construtivas, mas de forma velada e discreta.
16) Elogie em público as pessoas que merecem,
17) Dedique-se à
trabalhos voluntários realmente, em vez de ficar somente fazendo
companheirismo.
Agindo assim
estaremos disseminando o perfil de
pessoa de bem, orgulhando aos que nos circundam e se estivermos carregando o
pin do Lions, mostrando aos demais o valor do/a companheiro/a Leão. .
Paralelamente, oriente seus familiares,
vizinhos e amigos, sobre os cuidados na preservação do meio ambiente, da água, sobre
a necessidade da reciclagem do lixo, de se evitar jogar óleo saturado nos
esgotos da cidade, nem lixo nos córregos, proteger árvores que são cortadas ou
arrancadas, muitas vezes porque sujam as ruas, esquecendo-se que ela filtra o
ar e nos traz oxigênio importante para nossa vida.
Vejam que nada
foge praticamente do atual Código de Ética. Simplesmente seu linguajar foi
simplificado para que todos o compreendam melhor.
Precisamos
dar exemplos sempre para que possamos naturalmente emular outras pessoas a
seguirem o nosso caminho. Só assim faremos o movimento se expandir mais e não
convocando compulsoriamente os amigos, em nome de nossa amizade, a aderirem.
Desta forma, teremos orgulho em exibir o símbolo do Lions e com certeza, nossos
filhos e netos quererão levar nossa bandeira adiante.
Pensemos
nisso...
Antonio Benson Junior – 3/2/2010 - Associado do Lions Clube de São Paulo
Ipiranga – Membro da APLIONS
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